Sementes encontradas em Israel dão origem à extinta tamareira da Judeia, árvore da época de Jesus

A Phoenix dactylifera é um tipo extinto de tamareira, que conforme contam diversos relatos históricos, era cultivada em Judeia e desejada por todo o Império Romano, já que era considerada uma especiaria deliciosa e um fruto com propriedades médicas. A partir do declínio do Império Romano, a palmeira também começou a desaparecer.

Mas agora, um grupo de cientistas israelenses conseguiu fazer com que seis palmeiras crescessem saudáveis, a partir de sementes com mais de dois mil anos de idade encontradas na região do deserto da Judeia, no sul de Israel.

Sarah Sallon, a pesquisadora que liderou o estudo, contou ao jornal The Guardian que foram as condições climáticas únicas da região do Mar Morto que contribuíram para manter o material genético das sementes intacto. Foram 32 sementes plantadas, das quais seis brotaram. Antes disso, todas foram hidratadas por 24 horas e tratadas com hormônios e fertilizantes naturais.

Em 2008, os cientistas já haviam conseguido fazer com que uma única tamareira crescesse. Agora, eles pretendem fazer cruzamentos para trazer a espécie de volta, pelo menos em laboratório a princípio (ainda é muito cedo para afirmar que as árvores sobreviveriam na natureza).

Os resultados do estudo são animadores para os cientistas e revelam também que a tamareira de Judeia provavelmente era um resultado de cruzamentos de sementes vindas da Mesopotâmia (atual Iraque) com outras vindas de regiões da África. Isso significa que as técnicas de agricultura na época eram bem mais sofisticadas do que se acredita atualmente e talvez explique o sucesso das tâmaras da região.

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