Piet Schoenmaker era um holandês de nascimento, mas um brasileiro de coração, como ele mesmo gostava de ressaltar. Migrou com a família para o Brasil em 1959, quando tinha apenas 15 anos. Trabalhou como agricultor na fazenda Terra Viva, de propriedade dos Schoenmaker. E já na primeira edição da Expoflora, hoje a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, Piet estava lá como expositor agrícola.

Mas foi a dança que conquistou seu coração. Grande apaixonado e pesquisador da música, dança e folclore holandês, Piet ficou conhecido por coordenar grupos de dança em Holambra, uma importante ação social com os jovens da região. O repertório continha coreografias de diversas áreas da Holanda e também de várias épocas. Na Expoflora, o grupo chamava a atenção com apresentações de hora em hora.

De costumes simples, vozeirão imponente e risada inesquecível, Piet estava sempre alegre e disposto a conversar com os fãs, que aos montes o paravam pela feira. Foi sua humildade e coração acolhedor que fez com que se tornasse o “embaixador” da Expoflora e, em 2016, recebesse uma escultura em sua homenagem na entrada da Cidade das Flores.

No dia 11 de janeiro, Piet faleceu após lutar contra um câncer. Mesmo nessa fase difícil, não se abalou e mostrou o por quê é considerado um exemplo de ser humano por tantas pessoas. “Vivi tudo intensamente”, dizia. Agora, toda a intensidade da alegria e amor que expressou durante todos esses anos ficará para sempre na memória de todos.

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