Em apenas 40 m², o jardim une cantinho gourmet, sala de estar ao ar livre e lazer molhado

Texto Laura Neaime | Fotos Valerio Romahn
Produção Aida Lima | Projeto Juliana Freitas

Quem mora em casa está acostumado a ter um “cantinho da bagunça” – aquele espaço em que se amontoam objetos de pouca utilidade. Neste imóvel na zona sul de São Paulo, uma área coberta localizada nos fundos do terreno tinha essa finalidade até a arquiteta paisagista Juliana Freitas entrar em ação.

A profissional comandou uma reforma que transformou o espaço de 40 m² em um agradável jardim com área gourmet, chuveirão para as pessoas se refrescarem nos dias mais quentes e até uma sala de estar ao ar livre sobre o gramado. É um ambiente acolhedor para a família curtir momentos de lazer em meio à Natureza.

Cada coisa em seu lugar

A edícula onde a bagunça se acumulava deu lugar à área gourmet com bancada de madeira, churrasqueira e forno de pizza. Para tornar o ambiente mais agradável, o telhado foi substituído por uma cobertura de bambu – que filtra a luz – e vidro para barrar a chuva.

Na área descoberta, duas cadeiras e uma mesinha dispostas sobre a grama-esmeralda (Zoisia japonica) (1) formam a área de estar ao ar livre, enquanto o chuveirão na extremidade oposta à churrasqueira permite às pessoas se refrescarem nos dias mais quentes. Para dar privacidade a quem desfruta do espaço, um painel de 1,60 m x 2,30 m formado por cobogó foi instalado separando o chuveiro do corredor.

A ligação entre os ambientes do jardim é feita por pisadas de tijolos ladeadas por canteiros, predominantemente verdes, onde crescem espécies como a planta-alumínio (Pilea cadierei) (2), que tem folhas manchadas em tom prateado. O colorido fica por conta das exuberantes inflorescências da alpínia (Alpinia purpurata) (3), que despontam praticamente o ano todo, e das flores delicadas da azulzinha (Evolvulus glomeratus) (4).

Chegada ornamental

Além de servir de ligação entre a entrada da casa e o jardim, o corredor lateral do imóvel abriga o sistema de aquecimento a gás da casa. Para disfarçar botijões, encanamentos e outros elementos que não merecem ficar à mostra, Juliana Freitas criou um ripado em madeira cumaru que serve de suporte para a coleção de orquídeas da proprietária.

O painel de madeira cumaru esconde o sistema de aquecimento e ainda serve de suporte para os vasos com orquídeas

As espécies, que são cultivadas em vasos fixados ao painel com arames, encontraram neste espaço o ambiente ideal para se desenvolver: a área recebe luz apenas durante parte do dia e é bem ventilada.

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