Como são fáceis de cultivar e têm folhagem vistosa, os coqueiros-de-vênus podem exercer as mais variadas funções em jardins de Norte a Sul do Brasil

TEXTO GABI BASTOS | FOTOS VALERIO ROMAHN

Ornamentais e rústicos, eles são arbustos encontrados em diversas cores e portes. Por isso, servem praticamente a qualquer situação. Os coqueiros-de-vênus mais altos, de até 3 m de altura, podem compor maciços em canteiros mistos – ao lado de outras espécies –, e formar renques ao longo de muros e cercas. Já os mais baixos, de 40 cm a 1 m de altura, rendem bordaduras ou maciços. As variedades com folhagem avermelhada proporcionam contraste nos canteiros e as com folhas manchadas de creme podem “clarear” ambientes escuros. Fora tudo isso, esses arbustos se desenvolvem sob sol pleno e meia-sombra, de Norte a Sul do Brasil, desde que a temperatura média anual não seja inferior a 15°C.

Conhecidos também como cordilines, há inúmeros cultivares no mercado, quase sempre originários da Cordyline fruticosa, a espécie pura. Isso quer dizer que foram desenvolvidos pelo cruzamento entre plantas selecionadas – pelo porte ou cor das folhas, por exemplo –, dando origem a novas variedades.

No mercado brasileiro existem dezenas de coqueiros-de-vênus diferentes. Aqui você conhece a espécie pura e quatro variedades dela.

Cordyline fruticosa, a espécie pura

Essa espécie originou as outras plantas apresentadas nessa reportagem

Nativo da Índia, Malásia e Polinésia, esse arbusto é um dos principais progenitores das variedades de coqueiros-de-vênus. Atinge até 3 m de altura e suas folhas verde-claras e compridas surgem no ápice dos caules finos e pouco ramificados. Mesmo típico de clima tropical, tolera o frio de regiões subtropicais de baixa altitude, principalmente litorâneas, onde não ocorrem geadas. Precisa de solo preparado com partes iguais de areia, composto orgânico e terra, mistura também indicada no plantio das variedades do coqueiro-de-vênus.

Cordyline fruticosa ‘Baby Ti’, a exuberante

Se destaca na paisagem, mesmo quando cultivada com outras folhagens ornamentais

Trata-se de uma das variedades mais antigas do coqueiro-de-vênus e das mais raras de se ver nos jardins. Foi introduzida no Brasil pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx e apresenta porte de até 1 m de altura. A grande atração do arbusto é o colorido das folhas acobreadas, que têm bordas alaranjadas quando jovens e rubras quando maduras. Tal característica faz com que essa variedade se destaque na paisagem, mesmo quando cultivada com outras folhagens ornamentais, como café-de-salão-dourado (Aglaonema commutatum ‘Pseudobracteatum’) e maranta-zebrada (Ctenanthe oppenheimiana ‘Amagris’). Assim como outros coqueiros-de-vênus, apresenta inflorescências ramificadas pouco vistosas, mas levemente perfumadas.

Cordyline fruticosa ‘Calypso Orange’, a bicolor

Seus pecíolos longos e avermelhados se destacam sutilmente entre as folhas

Dona do mesmo porte da espécie pura, até 3 m de altura, essa variedade proporciona um colorido diferenciado ao jardim. Isso porque seus pecíolos longos e avermelhados se destacam sutilmente entre as folhas verde-amareladas e brilhantes. Para ficar ainda mais valorizado, esse coqueiro-de-vênus deve ser plantado isolado no jardim.

Cordyline fruticosa ‘Purple Compacta’, uma folhagem negra

Com 1,5 m de altura, essa variedade pode compor renques

Diferentemente da maioria dos coqueiros-de-vênus, essa variedade apresenta folhas curtas que nascem rentes umas das outras, o que proporciona um efeito muito ornamental ao jardim. Além disso, a folhagem púrpura é quase negra, um tom pouco visto na Natureza. A planta atinge até 1,5 m de altura e é perfeita para compor renques e dividir ambientes do jardim.

Cordyline fruticosa ‘Amazing Grace’, a pequena notável

Aqui, o coqueiro-de-vênus aparece ao lado de peperômias

Com até 40 cm de altura, essa variedade tem crescimento lento e pode compor maciços e bordadura de canteiros mistos e também ser cultivada em vasos. Suas folhas amarelo-esbranquiçadas com nuances estriadas de verde são numerosas e largas, compondo uma atrativa roseta. Nesse projeto, a espécie foi cultivada com peperômias (Peperomia obtusifolia ‘Green & Gold’), uma herbácea de, no máximo, 25 cm de altura, que tem folhas bem parecidas com as da ‘Amazing Grace’.

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