Perfeita para ambientes com pouca luz, a herbácea encanta com seus ramos pendentes repletos de flores

TEXTO ANA VAZZOLA | FOTOS VALERIO ROMAHN

Todo jardim tem um cantinho mais sombreado, onde a luz solar mal consegue chegar e a maior parte das floríferas simplesmente não se adapta. Pois é justamente ali que a columeia (Columnea hirta) rouba a cena e ganha status de protagonista no final da primavera e durante todo o verão, com seus longos ramos repletos de flores vermelho-alaranjadas cobertas por uma pelugem muito delicada.Parente da conhecida columeia-gloriosa (Columnea gloriosa) e de tantas outras columeias, a herbácea é generosa com quem não tem o sol sempre à disposição: precisa e apenas duas horas diárias de luz e floresce mais que suas irmãs – enquanto a maior parte das columeias concentra as flores apenas nas pontas dos ramos, a Columnea hirta tratou de despalhá-las por toda a ramagem semipendente. Oferece ainda como bônus a visita constante dos beija-flores.

Nativa da Costa Rica, a espécie é típica de clima quente e úmido e vai bem em quase todo o Brasil – a exceção é a região Sul, onde as temperaturas são mais baixas. Porém, com alguns cuidados, – o plantio em local protegido do frio e de geadas, como as varandas e jardins de inverno – é possível cultivá-la até mesmo nessas áreas. Versátil como ela só, pode ser plantada em vasos e jardineiras suspensas; em jardins verticais, combinada com samambaias; e usada para forrar vasos mais altos.

PARA TER BELAS FLORES

O produtor Edilson Giacon recomenda acomodar a columeia em vasos de pelo menos 5 litros preenchidos com uma mistura de terra vegetal, 10% de húmus de minhoca e 2% de torta de mamona.

As regas podem ser feitas três vezes por semana no verão e duas vezes no inverno, pois a planta não é fã de solos encharcados. Já a adubação – sempre nos meses de agosto, novembro e fevereiro – limita-se à aplicação de NPK 4-14-8. Use uma colher de café nos vasos de até 10 litros e triplique a dose nos maiores.

Para controlar o crescimento da columeia e estimular novas brotações, é importante podar os ramos logo após o fim da florada – no máximo até o mês de fevereiro. De acordo com o produtor Sérgio Tanaka, essa pode pode ser leve, apenas com o corte dos ponteiros, ou mais radical se o objetivo for revigorar a planta e intensificar a florada na primavera seguinte. “Nesse caso, reduz o comprimento dos ramos a apenas 15 cm”, diz ele.

No que se refere às pragas, o ataque mais comum é o de cochonilhas, combatidas com aplicações de óleo mineral ou vegetal agrícola nas folhas da planta. “Quem preferir um tratamento mais caseiro pode recorrer a uma solução de sabão neutro”, indica Sérgio. Outra dica do produtor é, na hora da rega, molhar também as folhas da planta, principalmente nos dias mais secos, já que muitas vezes as cochonilhas se escondem na parte inferior das lâminas.

Vendida em garden centers e também na Ceagesp, a columeia geralmente só é encontrada no período da sua florada. Os preços partem de R$15.

COLUMEIA EM DETALHES

  • Nome científico: Columnea hirta
  • Nome popular: columeia
  • Família: Gesneriáceas
  • Origem: Costa Rica
  • Características: herbácea, perene de hábito epífito. Tem ramos espessos, de consistência suculenta, retorcidos e semipendentes, que podem atingir até 1 m de comprimento
  • Folhas: são verde-claras ou variegadas, estreitas, longas – com até 4 cm de comprimento – e cobertas por pelugem. Nascem aos pares, diametralmente opostas e com mais intensidade na parte terminal dos ramos
  • Flores: despontam isoladas ao longo dos ramos no final da primavera e durante o verão. São tubulares, com até 7 cm de comprimento, e têm o lobo superior elevado e os lobos laterais longos e estreitos. De tonalidade vermelho-alaranjadas e interior amarelo, são cobertas por pelugem e atraem beija-flores
  • Luz: meia-sombra ou sombra
  • Solo: poroso, rico em matéria orgânica, solto e bem drenado
  • Clima: tropical quente e úmido
  • Regas: três vezes por semana no verão e duas no inverno
  • Plantio: preencha um vaso de 5 litros com terra vegetal acrescida de 10% de húmus de minhoca e 2% de torta de mamona. Acomode as mudas e cubra o torrão com substrato
  • Adubação: em agosto, novembro e fevereiro, com NPK 4-14-8. Use uma colher de café nos vasos de até 10 litros e três nos de 15 ou 20 litros
  • Podas: após a florada – e no máximo até o mês de fevereiro –, corte os ponteiros para controlar o tamanho da planta e estimular novas brotações. Quem preferir também pode fazer uma poda mais radical e deixar os ramos com apenas 15 cm de comprimento
  • Propagação: por sementes, estaquia ou divisão de touceira

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