A 33ª edição da mostra de arquitetura e paisagismo mais conceituada da América Latina chegou cheia de verde! O tema da Casacor SP desse ano foi “Planeta Casa”, e os profissionais usaram três conceitos chave para criar seus projetos: sustentabilidade, tecnologia e afetividade.

Nos jardins, plantas nativas e tropicais marcam presença com muita sofisticação, elegância e criatividade. A CasaCor São Paulo foi inaugurada no dia 28 de maio e fica aberta até 4 de agosto. Confira os jardins da mostra e se inspire!

JARDIM DA PASSARELA – Mauro Contesini

Para inovar na composição do jardim vertical, o paisagista Mauro Contesini decidiu apostar em folhagens de diversas texturas e cores, brincando com o contraste de seus tons. As sunpatiens (Impatiens hawkeri – SunPatiens Group) (1), plantadas em um extenso canteiro, dão um toque de cor ao ambiente com suas flores cor-de-rosa.

JARDIM DOS DRAGOEIROS – Zanardo Paisagismo

Com uma pegada minimalista, o paisagista Luciano Zanardo usou duas espécies xerófitas para decorar o ambiente, que necessitam de pouca água e são de baixa manutenção. Com destaque para os esculturais dragoeiros (Dracaena draco) (1), o jardim tem um visual árido e muito elegante e é complementado com arbustos palito-de-fogo (Euphorbia tirucalli ‘Rosea’) (2), que fica com as extremidades vermelhas durante o inverno.

JARDIM DE PANDORA – Alalou Paisagismo

Como o espaço do paisagista Felipe Alalou é vasto, e o profissional usou diversas soluções criativas para decorá-lo. Uma escolha cuidadosa de espécies fez com que surgisse um jardim moderno e cheio de contrastes: a grama-preta-anã (Ophiopogon japonicus ‘Nana’) (1), que cobre a maior parte do solo, fez com que o canteiro de carpete-amarelo (Sedum mexicanum) (2) iluminasse a composição com seu tom fosforescente de verde. Já a a cor preta da parede foi escolhida para valorizar as belas folhagens da calateia (Goeppertia lutea) (3) e da dianela-variegada (Dianella tasmanica ‘Variegata’) (4), usada como bordadura.

Com uma nova proposta de jardim vertical, Felipe Alalou criou totens vivos de bromélias. São canos de PVC revestidos com diversas espécies da planta, e o efeito dado ao jardim é muito bonito.

JARDIM BAUHAUS – Clariça Lima

A mistura de diversas espécies tropicais criou um belo efeito nos canteiros desse espaço de convivência projetado pela paisagista Clariça Lima. Arranjadas de maneira orgânica e natural, as plantas se mesclam e agregam cor e volume ao ambiente, que também foi valorizado com uma elegante pira em meio à folhagem.

JARDIM DOS SENTIDOS – Bia Abreu

Até cantinhos sombreados ganharam destaque na mostra, mesmo sendo eles um desafio. A solução aqui foi recorrer a folhagens que se adequam bem a esse tipo de ambiente, como as palmeiras-laca (Cyrtostachys renda) (1) e o filodentro-ondulado (Philodendron undulatum) (2) nos canteiros.

Para preencher o espaço, vasos de diferentes tamanhos foram alocados próximo a janela, com mais folhagens para meia sombra: a estrelitzia-branca (Strelitzia alba) (3), o filodendro-congo (Phiodendron ‘Congo’) (4) e a cheflera-pequena (Schefflera arboricola) (5).

Os balanços suspensos dão um charme único a esse jardim que ganhou também um belo fogo de chão.

JARDIM ELEMENTAR – KalilFerre Paisagismo

Para criar um agradável efeito de mata nesse jardim, foram usadas espécies tropicais com portes e texturas contrastantes. As calateias (Goerppertia lutea) (1) e os filodendros-ondulado (Philodendrun undulatum) (2) fazem parte da composição de folhagens que preenchem o espaço, e as belas palmeiras-pati (Syagrus botryophora) (3) conferem verticalidade e dão a sensação de se estar abraçado pela Mata Atlântica.

Como o ambiente é divido em três – sala de estar, fogo de chão e os balanços suspensos –, o projeto conta com uma rampa de linhas orgânicas construída em madeira plástica para interligar os três espaços.

VARANDAR – Plantar ideias

Esse ambiente está ai para provar que, mesmo sem espaço para canteiros, é possível criar um belo jardim apenas com vasos.

O truque aqui foi misturar vários tamanhos de vasos e posicioná-los de forma que as plantas mais altas e volumosas ficassem como pano de fundo, suavizando a parede. As diversas espécies de folhagens misturadas dão um ar tropical ao ambiente, que ainda recebeu um mobiliário de área externa feito em corda.

JARDIM DOS CHEFS – João Jadão e Caterina Poli

A sua hortinha pode se integrar ao paisagismo e criar um visual rústico e chique para o seu jardim, e foi exatamente o que os profissionais João Jadão e Caterina Poli fizeram com esse ambiente. Lançando mão de espécies usadas na cozinha, como temperos e frutíferas, ambos criaram um jardim pra lá de criativo e funcional, que combina o prazer de um temperinho fresco e uma fruta do pé com um espaço relaxante, que conta até com uma rede.

JARDIM KARIRI – Daniel Nunes

Crédito: Divulgação

Inspirado pela caatinga, esse jardim traz elementos do bioma que é exclusivo do Brasil. Os cactos são como esculturas vivas que decoram o ambiente, seja com suas pontas azuladas, seja com sua textura de espinhos. Além disso, eles contrastam com o tom de terra vermelha da parede e se destacam ainda mais.

A textura das paredes imita o solo típico da caatinga, seco e rochoso. As paredes de palha e os elementos em pedra conferem diferentes texturas ao ambiente, dando um toque mais moderno ao paisagismo e contribuindo ainda mais para a atmosfera desértica – mas cheia de vida – do jardim.

ARENA CASACOR – Allamanda Paisagismo para Fabiano Hayasaki

O verde está por todo o lado nessa elegantíssima sala de estar, seja nos canteiros, vasos, no jardim vertical e até nas estantes. A parede verde é como uma bela cortina viva que serve como cenário para a escultura em aço-cortén, além de dar profundidade ao ambiente. Nas estantes, o verde fica por conta de vasos com samambaias-Boston (Nephrolepis exaltata ‘Bostoniensis’) (1), que se adaptam bem a ambientes de meia-sombra.

Usada como planta destaque nessa composição moderna, a eufórbia-palito-achatado (Euphorbia xylophylloides subsp. crassa) (2) ganha ênfase nos vasos e decora o ambiente com seus galhos retorcidos e de grande valor escultural.

JARDIM DAS ARTES – Roberto Riscala

Tropicalidade, aconchego e arte. São esses os três elementos mais marcantes nessa charmosa sala de estar projetada pelo arquiteto e paisagista Roberto Riscala. Plantadas nos canteiros, as folhagens altas e de maior porte suavizam a estrutura rígida das paredes. Já as plantinhas menores, como as bromélias, foram plantadas em vasos ganharam destaque em suportes de ferro.

O cobogó de linhas modernas dá um toque chique ao ambiente junto com o porcelanato azul, inspirado pela arte de Athos Bulcão.

HORTA CASACOR – Marcelo Bellotto

Crédito: Divulgação

Todo o charme da horta em vasos! Com a profundidade certa, é possível cultivar praticamente qualquer alimento em um vaso, sendo dispensável a necessidade de um jardim grande para você ter a sua própria hortinha de temperos e hortaliças.

Nesse ambiente, o profissional Marcelo Bellotto resolveu misturar vasos de vários tamanhos para compor um visual bem moderno e despojado.

VARANDA PALM SPRINGS – Jean de Just

Inspirado no charme dos anos 1960, essa sala de estar incorpora o verde como parte da sua decoração e as plantinhas dão um encanto único para o ambiente. Espécies de suculentas e cactos emprestam sua beleza escultural para compor um belo canteiro interno, no qual o mandacaru (Cereus hexagomus) (1) confere verticalidade e os dragoeiros (Dracaena draco) (2) preenchem o ambiente com suas folhas volumosas. Na prateleira, vasos de ripsalis (Rhipsalis berchelli) (3) criam um belo efeito de cascata verde com seus ramos pendentes.

JARDIM ‘O TEMPO’ – Monica Costa

A arte milenar da topiaria foi explorada nesse jardim da paisagista Monica Costa, que decidiu investir em formas em espiral para esses cedros. O resultado ficou super interessante e chique: as plantas ficaram parecendo verdadeiras esculturas e incrementaram muito no visual do jardim.

ESPAÇO ÍNDIGO COMGÁS – Zoom Arquitetura e Lao Design

O jardim de recepção da mostra é um espaço de convivência que sintetiza o tema desse ano da CasaCor São Paulo: sustentabilidade, tecnologia e afetividade. Integrando materiais reciclados, o ambiente conta com um banco em linhas curvas e orgânicas que margeia uma fonte d’água e é todo cercado por uma mistura de folhagens típicas de clima tropical.

JARDIM DA CASA DAS ÁRVORES – Paisagismo de Daniel Nunes, arquitetura de Otto Felix

Foram necessárias poucas espécies para que esse corredor se transformasse por completo, assemelhando-se até a uma trilha em meio à mata. As folhagens escolhidas foram o figo (Ficus lirata) (1), o guaimbé (Philodendrum bipinatifidum) (2) e os ciclantos (Ciclanthus bipartitus) (2). Para dar ainda mais elegância e verticalidade ao espaço, diversas palmeiras-carpentária (Carpentaria acuminata) (4) foram plantadas no canteiro esquerdo.

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