As lantanas apresentam a perfeita união de belas flores, muitas cores e rusticidade

Elas são verdadeiras dádivas da Natureza e ideais para jardinistas de primeira viagem, aquelas pessoas que se entusiasmam com a chegada da primavera para criar seus primeiros canteiros. Muito rústicas, as lantanas resolvem bem essas situações, pois exigem poucos cuidados e dão flores praticamente o ano todo. Para completar, há espécies de lantana cujas pequenas flores, em formato de trombetas reunidas num buquê, mudam de cor durante seu amadurecimento. Graças à mudança, é normal ver buquêzinhos que misturam flores vermelhas, alaranjadas, rosadas… Isso acontece com a Lantana camara, espécie com porte de até 2 m e a mais usada no paisagismo. É uma planta muito ornamental que atrai borboletas.

A lantana é ótima para colorir o jardim, seja com cores salpicadas ou formando grandes maciços de uma única tonalidade

O engenheiro agrônomo Sérgio Funke comenta que a lantana tem florescimento abundante, que só diminui um pouco no inverno. A espécie pode ser cultivada no Brasil desde o sul até o norte e nordeste. São plantas muito versáteis e indicadas para formar maciços, cercas vivas e funcionam bem até como espécie isolada. Como atinge facilmente 2 m de altura, esse arbusto forma eficientes cercas vivas e, por meio de podas, pode também ser educada com formato de arvoreta. Há ainda as versões mini da Lantana camara, que não passam de 50 cm e são ótimas para criar forrações.

Algumas das opções de cores da lantana: branco e degradês avermelhados. As borboletas não resistem | Fotos: Valerio Romahn

COMO PLANTAR

As lantanas e minilantanas comercializadas no Brasil florescem com abundância, em especial quando cultivadas sob sol pleno. “Não costumam ser atacadas por pragas e, logicamente, quanto mais bem tratadas com água, matéria orgânica e adubo, mais respondem com sua beleza”, diz Sérgio Funke. No plantio, a recomendação é garantir covas grandes. Mudas com 10 cm de altura precisam de covas com 20 cm de largura por 20 cm de profundidade. Preencha esse espaço com uma mistura em partes iguais de terra vegetal, húmus de minhoca e areia. Por duas ou três semanas, a irrigação dessas mudas deve ser diária. Isso faz com que se adaptem bem ao solo. Depois, basta molhar uma vez por semana.

A adubação de reforço deve ocorrer anualmente. Uma boa receita é incorporar ao solo, ao redor do arbusto, 50 g de uma mistura de farinha de osso, torta de mamona e NPK 4-14-8 em partes iguais.

É possível cultivar a lantana como se fosse uma arvoreta | Fotos: Valerio Romahn

OUTRAS LANTANAS

No Brasil, é possível encontrar outras lantanas tão fáceis de cultivar quanto a Lantana camara e que aumentam o leque de cores à disposição. Uma delas é a lantana-pendente (Lantana montevidensis), com ramos de até 1 m de comprimento e indicada para locais de muito frio, como o Sul do Brasil. Ela tem flores roxas e amarelas – como a variedade ‘Lutea’ – mas não apresenta o degradê de cores tão comum à Lantana camara. Nativa da América do Sul, a lantana-pendente foi descoberta em Montevidéu, por isso tem o nome científico montevidensis.

A Lantana undulata e a Lantana montevidensis são outras espécies muito ornamentais indicadas para jardins residenciais | Fotos: Valerio Romahn

As minilantanas oferecem mais opções de cores e são ótimas forrações

Existem outras espécies que também permanecem com a coloração das inflorescências inalterada. É o caso da lantana-branca (Lantana undulata), originária do Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil. Como o nome diz, suas flores são brancas e a espécie apresenta porte de até 1,2 m. Pode ser plantada em jardineiras suspensas, pois sua ramagem é pendente. Também é uma ótima opção para clima tropical quente.

 

Todas essas lantanas mostram como é grande o potencial da planta no jardim. Não é à toa que ela sempre é um ótimo começo para os jardinistas.


LANTANA EM DETALHES

• Nomes populares: lantana, cambará, cambará-de-cheiro e camará
• Nomes científicos: Lantana camara, Lantana montevidensis e Lantana undutala
• Família: verbenáceas
• Origens: América do Sul e Central
• Características: arbustos perenes semilenhosos e ramificados
• Porte: de 50 cm a 2 m de altura, dependendo da espécie
• Flores: inflorescência em forma de buquê com flores em formato de trombeta
• Folhas: ovais com bordas recortadas e superfície áspera e rugosa
• Plantio: em covas espaçosas, de 20 cm de diâmetro por 20 cm de profundidade para uma muda com 10 cm de altura, cheias de uma mistura em partes iguais de terra vegetal, areia média e húmus de minhoca
• Adubação: anual com 50 g de uma mistura com torta de mamona, farinha de osso e NPK 4-14-8
• Luz: sol pleno
• Solo: rico em material orgânico
• Clima: tropical e subtropical
• Regas: diariamente após o plantio e, depois de enraizar, uma vez por semana
• Propagação: estaquia ou sementes

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