Recém-chegada ao Brasil, a campbela encanta com suas flores estreladas e pode ser encontrada em três cores diferentes 

Texto Amanda Maciel | Fotos Valerio Romahn

Tanto faz se as pétalas são azul-claras, rosa ou brancas: quem se depara com um canteiro tomado por campbelas (Campanula poscharskyana) se apaixona à primeira vista por suas flores estreladas que costumam formar extensos tapetes. Na Europa, a espécie é perene e se espalha tão facilmente que chega a ser considerada invasiva: basta que um pedacinho do ramo fique em contato com a terra para que raízes se formem nos entrenós do caule e a planta vá ganhando terreno, tomando conta dos canteiros e até escalando muretas. No Brasil, no entanto, ela ainda é uma novidade, e está sendo lançada este ano pelo produtor Renee Vernoy, da Panorama Flores.

Nativa da região dos bálcãs, a campbela não passa dos 20 cm de altura e, por aqui, pode ser cultivada em regiões de clima subtropical e tropical. Porém, por conta do calor mais intenso, comporta-se como planta anual, demandando replantio periódico.

Suas flores despontam na primavera, e cada ramo florido permanece vistoso por cerca de três semanas. Quando as flores de cerca de 2,5 cm de diâmetro secam, basta cortar o ramo rente ao caule para que novas brotações surjam e a espécie volte a florescer. Graças a esse artifício, a campbela se mantém bonita durante toda a estação.

As flores estreladas e delicadas da campbela podem ser brancas, rosa ou azul-claras

PLANTIO SEM SEGREDOS

As regras para o plantio da espécie são simples: escolha um lugar de preferência a sol pleno – à meia-sombra a florada é menos intensa – e certifique-se de que o solo seja poroso, solto e bem drenado. Uma boa opção é preencher o canteiro com substrato pronto para floreiras – o mesmo material pode ser usado no caso do plantio em vaso – e acomodar as mudas com espaçamento de 30 cm entre elas. Certifique-se de deixar o torrão pelo menos dois dedos acima do nível do solo. “Assim evita-se o contato das novas brotações com o substrato e reduz-se o risco de elas apodrecerem”, explica Vernoy.

Quando cultivada em canteiros, a campbela forma extensos tapetes floridos durante toda a primavera

Molhe a espécie duas vezes por semana, ou sempre que o solo estiver seco – basta tocar a terra com os dedos para descobrir se já é hora de irrigar. Já as adubações devem ser semanais, com fertilizantes dissolvidos na água das regas. O ideal é usar formulações que contenham o dobro de nitrogênio em relação ao potássio – o NPK 20-10-10, por exemplo – que estimula a brotação. Na falta de adubos com essa característica, no entanto, opte pelo tradicional NPK 10-10-10. As podas, por sua vez, se resumem ao corte dos ramos que já floresceram, para estimular novas brotações e o surgimento de mais flores.

As campbelas são vendidas em garden centers, e cada vasinho custa cerca de R$ 15.

CAMPBELA EM DETALHES

• Nome científico: Campanula Poscharskyana (Adansa Series)

• Nomes populares: campbela, campanula-cascata

• Família: Campanuláceas

• Origem: é nativa da região dos Bálcãs (Croácia, Bósnia Herzegovina e Montenegro)

• Características: herbácea perene – mas que no Brasil é cultivada como anual –, de até 20 cm de altura e altamente florífera

• Folhas: medem de 2,5 cm a 4 cm de comprimento

• Flores: em forma de estrela, medem cerca de 2,5 cm de diâmetro e podem ser azul-claras, rosa ou brancas. Despontam ininterruptamente durante toda a primavera ao longo dos ramos

• Solo: bem drenado, solto e poroso
• Luz: sol pleno e meia-sombra

• Clima: subtropical ou tropical de altitude

• Regas: duas vezes por semana, ou sempre que o substrato estiver seco

• Plantio: preencha o canteiro ou vaso com substrato pronto para floreiras e
plante as mudas com 30 cm de espaçamento

• Adubação: uma vez por semana, aplique NPK 20-10-10 ou NPK 10-10-10
diluído na água das regas

• Podas: quando as flores secarem, corte o ramo todo para que novas brotações surjam e a planta volte a florescer

• Reprodução: por estaquia

 

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