Com criatividade, orquidófila transformou uma parede de 9,5 m de comprimento em um belo suporte para sua coleção com cerca de 250 orquídeas

TEXTO ANA LYGIA COSTA | FOTOS ANDRÉ FORTES
PRODUÇÃO BETH MACEDO

Quando teve a ideia de fixar na parede o primeiro vaso de orquídeas, nem mesmo a orquidófila Rhayd Rechberger imaginava que, com o tempo, aquele espaço poderia se transformar em um belíssimo orquidário, com direito a área para armazenar insumos e ferramentas e uma confortável bancada com pia para cuidar das plantas. “A boa ventilação e o fato de o ambiente não receber tanto Sol fez com que as orquídeas se adaptassem muito bem e, como quem é orquidófilo sempre dá um jeito de abrir espaço para mais uma planta, a coleção só fez aumentar”, conta.

Corredor florido

A ideia de prender os vasos na parede com parafusos parecia boa, mas, com o tempo, Rhayd notou que o sistema dificultava a inclusão das novas plantas que chegavam – não havia como mover os recipientes de um lugar para outro. Decidiu então contratar um marceneiro e, em parceria com ele, desenvolver um grande painel ripado de madeira cumaru para encobrir toda a parede de 9,5 m x 2,30 m.

Com pia e bancada de trabalho instaladas no próprio corredor, a orquidófila tem ali um espaço perfeito para cuidar das plantas

Os vasos e cestos são pendurados por ganchos que podem ser facilmente deslocados conforme a necessidade e, hoje, o orquidário abriga cerca de 250 orquídeas como Bulbophyllum, Paphiopedilum, Dendrobium, Epidendrum, Cymbidium, Oncydium, Cattleya e outras espécies.

O kokedama de olho-de-boneca (Dendrobium hybrid) pendurado em um enfeite na entrada do orquidário dá as boas-vindas a quem chega

Na outra parede do corredor, a orquidófila instalou uma pia e uma bancada para poder cuidar com conforto das plantas.

Ideias criativas

Sempre preocupada com a boa aparência de seu orquidário, Rhayd encontrou uma solução prática para armazenar ferramentas, substratos e outros insumos longe dos olhos de quem visita o espaço: ela transformou as floreiras de tijolinhos que já existiam ali em uma espécie de depósito e encomendou tampos de madeira cumaru – eles são presos por dobradiças – para fechar as aberturas. Dá até pra acomodar alguns vasos sobre esse tampo, como se ele fosse uma prateleira.

As floreiras de tijolinhos foram transformadas em depósitos para as ferramentas

A orquidófila tratou também de distribuir sobre a bancada de trabalho uma boa variedade de vasos com suculentas – enquanto algumas ocupam recipientes de barro, outras foram acomodadas em delicados vasinhos de cerâmica com desenhos que remete ao universo das plantas. Nas paredes, há lugar ainda para quadrinhos e graciosos suportes com pequenos acessórios de jardinagem – caso do caixote com divisórias e do painel de tecido com bolsos sustentado por um varão.

Esconder as ferramentas na antiga jardineira e decorar a parede com quadrinhos foram soluções que Rhayd adotou para deixar seu orquidário bonito e funcional ao mesmo tempo
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