Conheça a petchoa, uma espécie de flores grandes e mais duráveis

Texto Ana VazzolaFotos Valerio Romahn

Mais do que criar novas cores para flores já conhecidas, o que todo hibridizador sonha é reunir em uma espécie o que há de melhor nas plantas que deram origem a ela. No caso da petchoa (Petchoa – ‘Supercal Series’), um híbrido intergenérico que é fruto do cruzamento entre Petunia e Calibrachoa, o resultado não poderia ser melhor: a planta, que acaba de ser lançada no Brasil pela Sakata, combina as flores grandes e vistosas da petúnia com a resistência e durabilidade das calibrachoas – também chamadas de minipetúnias. Quem ganha são os jardinistas, que podem ver o jardim florido por longos meses sem muito trabalho.

Combinar diferentes cores de petchoa em um mesmo vaso ou canteiro é uma boa maneira de colorir e alegrar o jardim

Com aparência idêntica à das petúnias, a espécie apresenta uma série de vantagens, sendo a principal delas a maior tolerância das flores à água, o que torna possível o seu cultivo em ambientes externos expostos à chuva e a regas sem a preocupação de não molhar as flores. Também somam pontos a favor da planta a maior durabilidade da florada – suas flores de até 4 cm de diâmetro surgem em maior quantidade que as das petúnias e permanecem vistosas por até oito meses; a resistência a variações de temperatura no frio e no calor; e o risco menor de ser atacada por pragas.

Como a variedade de cores em que a espécie é encontrada é grande – vermelho, azul, rosa, laranja,
salmão, púrpura, branco e até bicolores –, você tem motivos de sobra para apostar nelas e deixar seu jardim mais vistoso nesta primavera.

SIMPLES CULTIVO

A petchoa gosta de solo arenoargiloso e bem drenado. Para cultivá-la no jardim, prepare o substrato com uma camada de cinco dedos de matéria orgânica misturada com 5 g de NPK 4-14-8. Acomode as mudas com espaçamento de 30 cm e regue em dias alternados durante o verão e a cada dois dias no inverno.

As podas de manutenção visam apenas estimular uma nova floração. A dica do produtor Roberto Oki é, após o fim da florada, cortar as pontas dos ramos que estiverem com mais de 15 cm de altura. Quando os ramos começarem a secar por completo, é sinal de que o ciclo da planta chegou ao fim e ela deve ser substituída por outra no jardim.

Petchoas eretas, como a ‘Blushing Pink’, crescem compactas em canteiros e
vasos mix

PETCHOA EM DETALHES

• Nome científico: Petchoa ‘Supercal Series’
• Nome popular: petchoa
• Família: Solanáceas
• Origem: espécie híbrida
desenvolvida no Japão a
partir do cruzamento de
Petunias e Calibrachoas
• Características: herbácea ramificada, de ciclo anual, que mede até 30 cm de altura. Conforme a variedade,
pode ter ramos pendentes ou eretos.
Folhas: lanceoladas e pilosas, elas têm textura aveludada. São delicadas, verde-claras e nascem opostas umas às outras.
• Flores: tubulares e compostas por cinco pétalas, surgem ao longo do caule e nas pontas dos ramos, com maior intensidade na primavera. Medem até 4 cm de diâmetro, permanecem vistosas por até oito meses e podem ser vermelhas, azuis, rosa, laranja, salmão, púrpuras, brancas e até bicolores.

O amarelo da Petchoa ‘Supercal Terra Cotta’ contrasta maravilhosamente com a parede azul da casa

• Solo: arenoargiloso.
• Luz: sol pleno.
• Clima: subtropical e tropical de altitude.
• Regas: em dias alternados no verão e a cada dois dias no inverno.
• Plantio: incorpore ao solo bem drenado uma camada de cinco dedos de matéria orgânica misturada com 5 g de NPK 4-14-8. Acomode as mudas nivelando o torrão com o solo e mantenha distância de 30 cm entre elas.
• Adubação: a cada 15 dias, aplique 5 g de NPK 10-10-10 nos exemplares cultivados em vasos e 20 g nos plantados direto no solo.
• Podas: corte as pontas dos ramos que tiverem flores murchas e mais de 15 cm. Isso estimula a floração e a formação de brotos.
• Propagação: por estaquia.

 

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