Texto Laura Doubek | Fotos Valerio Romahn 

Em vez de espinhos, esta planta epífita esbanja flores em uma variedade incrível de cores

O cacto-orquídea (Epiphyllum hybrid) é daquelas plantas que ficam boa parte do ano escondidinhas, sem chamar muito a atenção. Esteja ele preso aos caules das árvores ou em vasos, guarda toda sua exuberância para a primavera, período em que começa a despontar sua florada. Acredite: quando isso acontece, simplesmente não há forma de ele passar batido.

Acostumada a crescer apoiada em árvores, a planta também pode ser cultivada em vasos com substrato bem drenado

Como é amplamente hibridado, suas flores, que medem entre 10 cm e 30 cm de diâmetro, podem ser encontradas nas mais diversas cores – branco, amarelo, vermelho, salmão ou pink –, mas duram pouquíssimo tempo: apenas dois ou três dias. Sorte que elas despontam sem parar até o final do verão. Assim não há o risco de quem cultiva a espécie com tanto carinho perder o espetáculo.


Nativo das florestas da América Central, o cacto-orquídea é uma epífita curiosa: tem caules finos e pendentes dotados de alguns espinhos que, na época de floração, dão lugar às belas flores. Conforme a espécie, os caules podem ser planos, cilíndricos e até triangulares – mais um motivo para quem se apaixona pela planta montar logo uma coleção.

Os caules de aparência exótica podem ser planos, cilíndricos ou triangulares

LUZ E ÁGUA NA MEDIDA CERTA

Como na Natureza a planta fica protegida pelas copas das grandes árvores, o ideal é mantê-la sempre à meia-sombra, em substrato bem drenado e levemente ácido – preferencialmente uma mistura entre fibra de coco e esfagno.

O Epiphyllum ‘Flamming-Gorge’ exibe um belo tom arroxeado no caule

Durante a maior parte do ano, irrigações a cada dois dias são mais que suficientes. No inverno, no entanto, é importante aumentar o intervalo, já que a planta entra em dormência e seu crescimento vegetativo é interrompido. “Nos meses de junho e julho, principalmente, regue apenas quando o substrato estiver seco”, explica o produtor Sérgio David, da Cactos Brasil (www.cactosbrasil.com.br).


Na dúvida, é melhor pecar pela falta do que pelo excesso, pois a água retida no caule também ajuda a manter a planta hidratada. Já o excesso de água pode favorecer o ataque de fungos ou bactérias. A receita de David para combater o problema é simples: “Uma vez ao mês, pulverize toda a planta com um bactericida natural, feito em casa mesmo com a mistura de água e canela”.

Com 24 cm de diâmetro, a flor do Epiphyllum ‘Bertha Talbot Loose’ apresenta um lindo efeito degradê nas pétalas

Na Cactos Brasil é possível encontrar uma boa variedade de cactos-orquídeas. Os preços ficam em torno de R$ 35.

EPIPHYLLUM EM DETALHES

• Nome científico:  Epiphyllum hybrid
• Nomes populares: cacto-orquídea
• Família: Cactáceas
• Origem: a espécie é nativa da América Central
• Características: cacto epífito, geralmente sem espinhos e de comportamento pendente
• Flores: grandes, medem de 10 cm a 30 cm de diâmetro e, conforme a variedade, podem exibir as mais variadas cores. Elas surgem sem parar na primavera e no verão, mas cada uma dura apenas dois dias
• Solo: bem drenado, rico em matéria orgânica e levemente ácido
• Luz: meia-sombra
• Clima: tropical
• Regas: duas vezes por semana. No inverno elas devem ser ainda mais espaçadas, apenas quando o substrato estiver seco
• Plantio: escolha um vaso compatível com o tamanho da planta e preencha-o com substrato composto por duas partes de fibra de coco e uma parte de esfagno. Depois é só acomodar a muda
• Adubação: uma vez ao mês, aplique uma colher (café) de adubo foliar NPK 14-14-14 e uma colher (sopa) de uma mistura de partes iguais de torta de mamona e farinha de osso
• Reprodução: por estaquia

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