Canteiros floridos e muitas estátuas adornam o jardim do palácio parisiense que já foi residência dos Médici

— Por Clara Vieira | Fotos Valerio Romahn

Parece até castelo de rainha – e é. Ou melhor, já foi. O Palácio de Luxemburgo, localizado no bairro de Saint-Germain-des-Prés, em Paris, era a residência oficial da rainha Maria de Médici e sua família, no século 17. De lá para cá, o local testemunhou importantes acontecimentos históricos, como a Revolução Francesa e, hoje, é a sede do Senado francês.

Além de ser lindíssima, a construção está rodeada por 23 hectares de jardins muito bem cuidados que impressionam não apenas pela beleza das plantas, mas também pela grande diversidade de obras de arte que exibe. Árvores centenárias, espécies dividem espaço com mais de cem estátuas.

A Fonte dos Médici, com 14 m de altura, é considerada a peça decorativa mais importante do parque. Ela data de aproximadamente 1630 e foi encomendada pela rainha Maria de Médici para ornamentar os jardins do Palácio. Isso porque dentre todos os monumentos idealizados pela rainha Maria, este foi o único que resistiu à passagem dos séculos.

A árvore faia-púrpura (Fagus sylvatica var. purpurea), à direita, se destaca nesta área do jardim. A espécie, que chega a 20 m de altura, é típica de clima temperado.

O enorme espelho d’água que fica no centro do parque dá charme ao jardim e refresca os dias quentes.

Na Europa, é comum cultivar frutíferas em vasos dentro de grandes cachepôs. Abaixo à esquerda, a árvore escolhida foi a romãzeira (Punica granatum). A estátua dos três cervos foi criada por Arthur Leduc em 1886, mas só em 1891 chegou ao Jardim de Luxemburgo. Ao redor dela, tulipas (Tulipa hybrida) e diantos (Dianthus barbatus) alegram o espaço.

Canteiros floridos em meio ao bosque trazem um pouco de cor ao jardim, enquanto a estátua que representa o poeta francês Leconte de Lisle com uma musa alada em seus braços fica ainda mais bonita quando as tulipas que a rodeiam florescem.

Castanheiras-da-Índia (Aesculus indica Sydney Pearce’) topiadas criam corredores ideais para banhos de sol e piqueniques. E, toda em bronze, a estátua “A Dança do Fauno”, de Eugène Louis Lequesne, representa o fauno, a divindade campestre dos antigos romanos, e data de 1852.

Os canteiros de amor-perfeito (Viola x wittrockiana) e margarida-inglesa (Bellis perenis ‘Early Pomponette’) parecem tapetes no entorno do Palácio de Luxemburgo.

A estátua “Mulher com Maçãs”, do russo Jean Terzieff, se destaca no caminho entre os canteiros floridos onde se encontram também cadeiras espalhadas pelo parque. Elas são um convite ao descanso, à leitura e à contemplação da Natureza. Os visitantes podem escolher onde posicioná-las para melhor aproveitar o jardim.


PROGRAME SUA VISITA
O parque abre diariamente ao público. Já o Senado, no Palácio de Luxemburgo, recebe grupos de visitantes com data e horário marcados. Para outras informações, acesse o site: www.senat.fr/visite.