Estrategicamente posicionadas, as duas áreas verdes desta casa unem ambientes e tornam mais agradável o no jardim
– Por Ana Vazzola | Fotos Paula Fratin | Projeto Ivani Kubo
Quando as áreas sociais externas da casa ficam separadas umas das outras, o jardim torna-se um grande aliado na hora de integrar esses espaços. Nesse projeto da paisagista Ivani Kubo, unir visualmente os diferentes ambientes de convivência era o principal desafio, mas não o único: também era necessário suavizar as paredes altas que delimitam o imóvel e criar ambientes agradáveis para as pessoas curtirem a vida ao ar livre.
Para conciliar todas essas questões, a profissional elaborou dois pequenos jardins: um vertical, erguido na área entre a cozinha gourmet e a piscina; e outro próximo ao salão de festas, com uma variedade maior de plantas e estruturas como pergolado e espelho d’água.
Além de servir de pano de fundo para a área de estar, o jardim faz a ligação visual entre piscina e cozinha gourmet
PAREDE DISFARÇADA
O primeiro jardim, que ocupa uma área de 30 m² no espaço entre a cozinha gourmet e a piscina, tem como principal função integrar esses dois ambientes. Para suavizar a parede de 5 m de comprimento que delimita o imóvel, Ivani Kubo apostou na combinação de canteiros, onde crescem espécies como a palmeira-rápis (Rhapis excelsa) (1), e um jardim vertical, composto por painéis de fibra de coco e vasos meia-lua de polietileno. Neles crescem espécies de texturas, cores e volumetrias constrastantes, como o rípsale (Rhipsalis sp.) (2) e o gerânio-pendente (Pelargonium peltatum) (3).
O jogo de mesa e cadeiras, usado para criar uma área de convivência junto às plantas, fica sobre uma área revestida por pedriscos. Na área da piscina, o paisagismo se resume a algumas plantas cultivadas em vasos e a um canteiro aberto junto à parede de pedra canjiquinha, onde fica a cascata. Ali crescem plantas como a tamareira-de-jardim (Phoenix roebelenii) (4).
Escondida pelo canteiro e por painéis e vasos, a parede de 5 m de comprimento passa despercebida
INSPIRAÇÃO ORIENTAL
Separado do salão de festas, TV e jogos por uma grande porta envidraçada, o segundo jardim ocupa uma área de 50 m², e tem nas linhas retas e na mistura das influências tropicais e orientais suas principais marcas. Entre as plantas cultivadas no espaço destacam-se as tamareiras-de-jardim (4) e o bambu-mossô (Phyllostachys pubescens) (5).
O jardim conta com um pergolado de eucalipto com forro de bambu, encoberto pela trepadeira sapatinho-de- judia (Thunbergia mysorensis) (6); com um banco de madeira teca para as pessoas sentarem e curtirem a paisagem; e um pequeno espelho d’água de 2 m x 1,5 m de largura. Dentro dele, vasos de cerâmica comportam minipapiros (Cyperus papyrus ‘Nanus’) (7) e o inhame-preto (Colocasia esculenta var. aquatilis) (8). O recipiente maior faz as vezes de fonte: a água transborda dele para o espelho d’água emitindo um agradável barulhinho que ajuda a relaxar.
Plantas tropicais e orientais dividem espaço neste jardim, que ainda conta com um pergolado e um pequeno espelho d’água
