Com piscina e laguinho, o jardim é um refúgio de tranquilidade no interior de São Paulo
– Por AnaVazzola | Fotos André Fortes | Projeto Luciana Moraes
Para conseguir o clima relaxante que emana deste jardim no interior de São Paulo e ainda dar conta de unir todas as atrações de lazer distribuídas em dois patamares, a paisagista Luciana Moraes apostou em um paisagismo de estilo clean, onde arbustos – muitos deles topiados – e floríferas de tons variados convivem harmonicamente.
A piscina de linhas retas – que acompanha a estética da casa e boa parte dos canteiros no jardim – é a atração central e está visualmente integrada ao solário, à sala de estar sob o pergolado e ao laguinho com direito até a uma pequena queda d’água. Tudo, é claro, cercado de muita Natureza.
DESCANSO À BEIRA D’ÁGUA
Não fosse pela escada de mármore travertino que liga a varanda da casa à área da piscina, talvez o desnível do terreno passasse batido por quem desfruta da área de lazer, tal o efeito de continuidade criado pelo paisagismo. Na parte mais alta, um exuberante canteiro de lírios (Hemerocallis hybrid) amarelos forma a barreira colorida que esconde os limites do patamar, sem atrapalhar a visão que quem está na varanda tem do jardim.
Já na parte mais baixa, a responsabilidade de camuflar o muro de contenção de pedras fica por conta da murta (Murraya paniculata). O denso maciço topiado formado pela espécie acompanha as linhas retas da piscina de 70 m² e ainda serve de pano de fundo para o deque, área muito concorrida nos dias de sol.
Os fãs de uma boa sombra também encontram refúgio junto à água: a mesa sob o pergolado oferece conforto na medida certa para quem quer saborear uma refeição ao ar livre ou simplesmente relaxar sob a proteção colorida da primavera (Bougainvillea spectabilis), trepadeira que floresce durante boa parte do ano, com maior intensidade na estação que deu nome à planta.
JARDIM CHEIO DE VIDA
Além da piscina, o jardim conta com outra atração molhada – esta voltada exclusivamente à contemplação: um laguinho de 25 m² distribuído pelos dois níveis do terreno. O primeiro “tanque” d’água – reservado para as carpas e umas poucas espécies aquáticas – fica no patamar mais elevado, junto ao canteiro de lírios. De lá, a água escorre por uma discreta queda d’água aberta no muro de pedras e termina no segundo reservatório, na parte mais baixa, bem ao lado da piscina. Nele, a presença de plantas aquáticas é mais expressiva, principalmente a dos aguapés (Eichhornia crassipes), que flutuam na superfície da água com suas vistosas flores lilases. A integração visual com o canteiro de agapantos (Agapanthus africanus) logo ao lado é perfeita.
Assim como a piscina e as demais estruturas do jardim, o laguinho tem linhas retas bem marcadas. Outro detalhe que chama a atenção são as bordas finas, porém aparentes da estrutura, que ficam ainda mais evidentes nas laterais em que a água se funde visualmente com o gramado.
Flores em tons lilases aparecem dentro d’água, onde crescem os aguapés, e também do lado de fora, no canteiro de agapantos