Admire a beleza da samambaia nativa que quase entrou em extinção e ajude a preservá-la cultivando um exemplar no jardim

TEXTO GABI BASTOS | FOTOS VALERIO ROMAHN

Uma das maiores samambaias do mundo, o xaxim ou samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) ficou amplamente conhecido pelas qualidades do seu caule. Fibroso e muito nutritivo, durante décadas, foi extraído da Natureza para ser usado como substrato no cultivo de plantas. Tanto que, anos atrás, o xaxim entrou para a lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de espécies ameaçadas de extinção. Desde então, o comércio de substratos ou vasos feitos dessa samambaia foi proibido no Brasil.

O que muitas pessoas ainda não descobriram foi o potencial paisagístico dessa espécie semilenhosa, de até 4 m de altura. Com folhas grandes e verde- brilhantes que parecem rendadas, o xaxim apresenta uma aparência muito delicada que se destaca no jardim. No paisagismo, pode ser cultivado isolado, em grupo ou mesmo combinado com espécies de porte menor. Uma dica é ornar seu caule com plantas epífitas – aquelas que crescem sobre árvores – como orquídeas, bromélias e outras espécies de samambaia.

Espécie de até 4 m de altura, o xaxim tem grande potencial para ornar jardins, inclusive combinado a outras espécies

Nativo da região Sul e parte do Sudeste do Brasil, o xaxim é típico de clima subtropical e tem crescimento lento. Por isso, prefira plantas já desenvolvidas, pois elas demoram 20 anos para atingir 4 m. Por ser uma espécie difícil de multiplicar, prefira comprar mudas prontas – com o cuidado de conferir sua procedência – e cultive em solo rico em matéria orgânica, sob meia-sombra ou sombra. Para manter o solo úmido, regue dia sim, dia não. Em regiões de clima seco, também borrife água nas folhas.

Além de ajudar a preservar a espécie, seu jardim ficará ainda mais ornamental.