Com flores grandes e vistosas, o buquê-de-noiva leva sofisticação a todo tipo de jardim
TEXTO ANA LYGIA COSTA | FOTOS VALERIO ROMAHN
Nem é preciso muito esforço para descobrir por que a Plumeria pudica recebeu o nome de buquê-de-noiva: além de serem grandes e brancas – só o miolinho amarelo se destaca –, suas flores, que despontam o ano todo, se agrupam em vistosos ramalhetes, distribuídos pela copa da planta.
O visual do arbusto lembra muito o do jasmim-manga (Plumeria rubra), tanto por conta de seu aspecto escultural quanto pelo formato das flores, que têm as pétalas sobrepostas, formando uma espécie de catavento, mas trata-se de uma espécie totalmente distinta.
Por conta do seu porte, que não passa dos 4 m de altura, o buquê-de-noiva pode ser cultivado como planta de destaque em canteiros mistos, em grupos, ou formar renques e cercas, sempre sob sol pleno. Se adapta até mesmo a ambientes estreitos, como corredores.
Cultivo descomplicado
O plantio do buquê-de-noiva não tem grandes segredos: “Basta abrir um berço espaçoso e preenchê-lo com substrato solto e bem drenado, pois o encharcamento pode levar ao apodrecimento das raízes”, explica o produtor Luis Bacher. As regas são necessárias apenas nos primeiros meses, enquanto a planta se estabelece, e as adubações trimestrais se resumem à aplicação de NPK 10-10-10.
A espécie dispensa podas, mas há quem opte por aparar levemente as pontas de seus ramos para manter a forma. No mais, é deixar que a Natureza faça o seu trabalho e apreciar a bela florada e suas curiosas folhas em forma de violino.
Na Dierberger (www.fazendacitra.com.br), mudas de buquê-de-noiva são vendidas por R$ 12.
Para não confundir
Apesar de as flores do buquê-de-noiva lembrarem muito as do jasmim-manga (acima), as duas plantas pertencem a espécies distintas – porém da mesma família. Para diferenciálas, é só observar o colorido das pétalas – as do jasmim-manga mesclam branco, amarelo, rosa, salmão e vinho.
Buquê-de-noiva em detalhes
Nome científico: Plumeria pudica
Nomes populares: buquêde- noiva, frangipane-branco e jasmim-do-Caribe
Família: Apocináceas
Origem: a espécie é nativa do Panamá, na América Central, e da região norte da Colômbia e da Venezuela, na América do Sul
Características: arbusto perenifólio e semilenhoso de até 4 m de altura. Seus ramos são grossos e exsudam látex urticante
Folhas: com cerca de 30 cm de comprimento, têm um curioso formato de violino
Flores: são brancas, grandes – medem até 8 cm de diâmetro – e têm formato de funil. As pétalas pontiagudas se sobrepõem umas às outras no sentido anti-horário
Solo: areno-argiloso acrescido de matéria orgânica, bem drenado e mantido úmido
Luz: sol pleno ou meia-sombra
Clima: tropical, tolerante ao frio subtropical em regiões de baixa altitude e onde não ocorram geadas
Plantio: abra um berço de 40 cm x 40 cm, acomode a muda e depois preencha-o com a terra retirada do local acrescida de 300 g de superfosfato simples e 10 litros de terra vegetal ou esterco de curral. Regue abundantemente
Regas: no início, molhe a planta três vezes por semana. Quando os novos brotos começarem a surgir, diminua a frequência para duas regas semanais. Suspenda as irrigações quando a planta estiver bem estabelecida
Adubação: aplique 200 g de NPK 10-10-10 a cada três meses, exceto no inverno
Poda: embora sejam dispensáveis, há quem opte por aparar as pontas dos ramos para manter a forma do arbusto
Reprodução: por sementes ou estaquia