Projetado para ser um espetáculo de cores, esse jardim fica florido o ano todo
— Por Janete Tir | Fotos André Fortes | Paisagismo Alex Hanazaki | Arquitetura Eliana Marques Lisboa | Produção Beth Macedo
Os proprietários da casa queriam um jardim campestre com muitas flores, mas que mantivesse as árvores já existentes no local. A partir dessa diretriz, o arquiteto paisagista Alex Hanazaki caprichou nos caminhos ladeados de canteiros que oferecem cores e aromas diferentes. “É um jardim sensorial, pensado para ter muitas flores o ano inteiro”, explica Hanazaki. O resultado foi uma paisagem romântica e inspiradora.
BANQUETE DE PLANTAS
O jardim mede mais de 1 mil m² e seus caminhos revelam muitas descobertas a cada curva. Caso dos belos canteiros com agapanto (Agapanthus africanus) (1) e minirrosa (Rosa hybrid Miniature Group) (2). Outro destaque do projeto é o trecho de entrada da casa onde arcos de estruturas de ferro que sustentam rosas-trepadeiras (Rosa hybrid) (3). Na primavera, elas apresentam floração abundante.
“Para trazer um pouco mais de cor ao local, plantamos também mudas de sálvia (Salvia splendens Dwarf Group) (4), formando uma fileira nos pés da estrutura de ferro”, explica Alex Hanazaki. Essas flores e muitas frutíferas já existentes no terreno, fizeram do jardim um banquete para borboletas, beija-flores e pequenos animais. Um detalhe interessante: os passeios ganharam piso drenante e ecológico Braston, composto por pedriscos, fibras naturais e concreto 90% permeável. Com isso, as águas das chuvas e das regas não empoçam no local.
COR POR TODOS OS LADOS
O terreno em desnível foi aproveitado para abrigar interessantes canteiros perto da casa. Na área forrada por grama-esmeralda (Zoysia japonica) (5), por exemplo, há maciços de lantana (Lantana camara) (6), minirrosa (2), alfazema (Lavandula dentata) (7) e orquídea-bambu (Arundina graminifolia) (8), plantas que também circundam as escadas de dormentes. Em um dos trechos da casa, a arquiteta Eliana Marques Lisboa projetou uma cobertura de madeira para servir de proteção contra o excesso de sol. Alex Hanazaki aproveitou as colunas dessa estrutura como suporte para plantar a trepadeira sapatinho-de-judia (Thunbergia mysorensis) (9).
VARIEDADE ORGANIZADA
Na tarefa de deixar a paisagem florida, nenhum cantinho foi esquecido. Ao lado das escadas que levam à casa, há maciços de lantanas seguidos por alfazema (7) que cobrem um trecho íngreme do terreno. O caminho de dormentes e grama circunda toda a casa, serpenteando a propriedade e, aos poucos, revelando mais plantas floridas, que enriquecem o passeio com texturas diferentes e folhagens delicadas, como rosas, sálvias e alfazemas.
O resultado são composições alternadas, umas em canteiros e outras mais soltas. Em seus jardins, Hanazaki não costuma utilizar tantas espécies floríferas. Esse projeto foi uma exceção, mas que mantém o estilo do profissional, conhecido pela organização na disposição de plantas.