No alto da Montanha Branca, na Califórnia, os pinheiros Bristlecone misturam células vivas e mortas e assim vão vivendo discretamente por milhares de anos

POR: Roberto Araújo – Revista Natureza / FOTO: Wikimedia

Esqueça os conceitos fáceis se for falar dos pinheiros Bristlecone. Eles aprecisam mesmo é ambientes inóspitos. Se for no alto de uma montanha bem seca, com raras chuvas, solo ruim e pedregoso, e ventos congelantes, é ali mesmo que gostam de viver. E como vivem! Pinheiro da espécie com mil anos é filhote; um dos exemplares mais antigos tem cerca de 4.800 anos.
Outra característica é que as árvores entranham células vivas com células mortas de tal maneira que cientistas suspeitam de que alguns exemplares estão mortos a centenas de anos, mas não têm certeza. Só cortando pra saber. Mas, e se estiverem vivas? Na dúvida, deixam como está.
O exemplar da foto fica na antiga floresta de pinheiros Bristlecone, nas Montanhas Brancas, Califórnia, EUA. O exemplar mais antigo, o tal de 4.800 anos, é chamado de Matusalém, é o ser vivo mais antigo que se conhece. Mas sua localização é um segredo que nenhum cientista revela, para que permaneça bem sossegado e longe dos selfies para rede social e retirada de “só uma casquinha” de lembrança que poderiam liquidar a velhíssima árvore.
Ah, as espécies estão na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), rotuladas como de menor preocupação, já que a população é estável e até em leve crescimento. Isso, claro, supondo que estejam vivas. Em alguns milhares de anos, saberemos.

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