Nesse garimpo especial, um fruto e lindas folhagens encontradas pelo nosso colaborador especial
TEXTO e FOTOS: Murilo Soares
Bacupari (Garcinia gardneriana)
Suculento e saboroso, o fruto dessa frutífera nativa do Brasil está começando a se popularizar nos pomares brasileiros. O nome comum, bacupari, vem do tupi-guarani e significa “fruta de cerca” por causa dos ramos que crescem horizontalmente. Os índios a cultivavam como cerca viva para delimitar as suas roças. A arvoreta não ultrapassa os 12 m de altura. Exigente ao sol pleno, apresenta copa densa e arredondada. Tem tronco ereto e verde-esbranquiçado quando jovem, passando a ficar castanho-pardo ao envelhecer.
Bonito e de aspecto muito ornamental, o bacupari poderia ser mais explorado no paisagismo, tanto em vasos quanto em meio a outras espécies arbustivas do jardim. Quando frutifica, oferece bagas com frutos arredondados e de cor amarelo-alaranjado de, no máximo, 5 cm de diâmetro. Da fruta consome-se tudo, inclusive a casca. Tem polpa doce com um toque ácido e pode ser consumida in natura ou na forma de sucos e doces. A planta gosta de solo acrescido de muita matéria orgânica e mantido levemente úmido. Mudas podem ser adquiridas com o produtor de plantas raras Edilson Giacon a partir de R$ 25.
Antúrio-rabinho-de-porco (Anthurium scherzerianum ‘Christine’)
Endêmico da Costa Rica, o Anthurium scherzerianum é uma daquelas plantas adoradas por jardinistas que se encantam pela sua curiosa inflorescência. Retorcida (algumas ficam bem enroladas, à semelhança de um rabicho de porco, daí o nome popular), essa espádice, assim como a estrutura grande e colorida que a cerca, a espata, exibem um tom vermelho-alaranjado. Submetido a melhorias genéticas, esse antúrio ganhou variedades de cores marcantes, como a ‘Christine’, que tem como característica o tom vermelho-sangue, tanto da espata como do rabinho.
De fácil cultivo, o antúrio-rabinho-de-porco não passa de 30 cm de altura, por isso é perfeito para o paisagismo de vasos ou jardineiras. O substrato deve ser solto, poroso e rico em matéria orgânica, e regado sempre que ficar seco. A propagação é feita pela divisão da planta. Vasos bem formados podem ser encontrados no CEAFLOR a partir de R$ 70.
Begônia-alaranjada (Begonia Beleaf ‘Amber Love’)
Grande parte das begônias é cultiva pela beleza da florada, mas essa, em especial, chama a atenção mesmo pela beleza das folhas. Elas nascem chamativas, em tom marrom-alaranjado. Ocasionalmente, a planta produz flores, mas são pequenas e discretas. Surgem em hastes finas e podem apresentar cores suaves, como o rosa, o branco ou o vermelho. Essa begônia tem tamanho compacto, o que a torna perfeita para o cultivo em vasos, jardineiras ou na bordadura de canteiros no jardim. Não ultrapassa os 30 cm de altura e fica bonita, inclusive, dentro de casa. Deve ficar à meia-sombra, em substrato bem aerado e mantido levemente úmido, mas sem encharcamento. Propaga-se por meio da divisão de touceiras. Vasos podem ser encontrados na Ceasa de Campinas a partir de R$ 30.
MURILO SOARES é Engenheiro Florestal apaixonado pelo verde. Colaborador da revista Natureza há mais de dez anos, é fundador da maior Comunidade de leitores da revista no Facebook, até o momento com 55 mil membros. Influencer digital e apresentador, atualmente pode ser visto no YouTube, em cursos online e no quadro Viva o Verde para o programa É de Casa da TV Globo.
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