Foto: Prefeitura de Itaquaquecetuba

Parque Ecológico Mario do Canto recebe o programa Jardins Comestíveis, que transforma paisagem em fonte de aprendizado e renda para a comunidade

Em celebração ao Dia da Terra, comemorado na última terça-feira (22), Itaquaquecetuba deu um passo inovador ao inaugurar o programa Jardins Comestíveis no Parque Ecológico Mario do Canto. A iniciativa alia arte, paisagismo e agroecologia, promovendo educação ambiental, geração de renda e segurança alimentar.

Idealizado pela ONG Dia da Terra, com patrocínio da EDP e apoio de diversos parceiros, o projeto apresenta uma instalação artística sustentável que incorpora práticas agroflorestais. O objetivo é não apenas cultivar alimentos saudáveis, mas também envolver a comunidade em ações de mobilização e empreendedorismo social.

A instalação será aberta ao público no dia 29 de abril, quando começam oficinas e vivências práticas sobre técnicas agroflorestais. Mais informações podem ser encontradas nos perfis da ONG e da Prefeitura no Instagram.

O projeto foi desenvolvido em colaboração com o artista Jean Paul Ganem, de origem franco-tunisiana, e o educador ambiental Iuri Timoner. A obra tem formato de uma árvore e ocupa uma área de 1.200 m², no entorno da EMEB Vereador Augusto dos Santos, com cerca de 100 espécies plantadas — a maioria comestíveis. Metade dessas espécies formarão hortas que, futuramente, evoluirão para uma floresta produtiva.

Foto: Matheus Cruz

Segundo Ganem, a presença da escola foi uma inspiração central para o desenho da obra: “A raiz da árvore está voltada para a escola, simbolizando a importância de educarmos nossas crianças para uma relação harmoniosa com a natureza.”

O prefeito Eduardo Boigues destacou a relevância do projeto para a cidade: “O Jardins Comestíveis representa um grande avanço para Itaquá. Convidamos a população a visitar o espaço, participar das oficinas e vivenciar essa transformação.”

Já o diretor executivo da ONG Dia da Terra, Mozart Mesquita, reforçou o propósito da iniciativa: “Mais do que um jardim, criamos um espaço vivo de aprendizagem, saúde e pertencimento. Regeneramos não só o solo, mas também os laços entre as pessoas e o território.”

Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP na América do Sul, enfatizou o papel transformador da parceria: “Acreditamos no poder de ações sustentáveis que geram impacto real nas comunidades.”

Além da instalação, o programa prevê a realização de oficinas entre junho e agosto, com temas como cultivo de hortas domésticas, uso de ervas medicinais e compostagem. As atividades são voltadas a estudantes do ensino fundamental e jovens de 18 a 25 anos.

Outro destaque é o curso de ecogastronomia, com início ainda neste mês. As aulas ocorrerão até o dia 5 de junho no Banco de Alimentos, com receitas preparadas a partir dos ingredientes cultivados no próprio jardim. O curso, financiado pelo Instituto Bia Rabinovich, oferece certificado, um caderno de receitas e uma mini horta aos participantes.

Para saber mais e se inscrever nas atividades, acompanhe os perfis oficiais: @diadaterrabrasil e @prefitaqua